Aqui no Criando nós confiamos no brincar, e desejamos que você confie também!

Esta semana, mais do que sempre, estamos fazendo do nosso quintal, um convite para o brincar; convite este que está endereçado às nossas crianças, mas também às famílias e educadores que atuam em todas as áreas da nossa escola.
A Semana Mundial do Brincar é uma campanha para a sensibilização da sociedade sobre a importância do brincar na infância. Todos os anos, acontece em torno da data de 28 de maio, consolidada em 1998 como o Dia Internacional do Brincar.


E por esta razão hoje queremos ampliar a reflexão quanto ao brincar e por isso propomos aqui dialogar sobre 3 aspectos:
• Que brincar é esse que estamos falando?
• Porque brincar é tão importante?
• De que forma a ação do brincar na infância tem relação com os objetivos de desenvolvimento integral da criança que assumimos como compromisso em nosso PPP?

 

1- Então, de que brincar estamos falando?

- De um brincar livre, com fim em si mesmo;
- De um brincar que inclui elementos não estruturados;
- De um brincar mais próximo da natureza;
- De um brincar que respeita a cultura da infância.

 

2- E por que o brincar é tão importante?

- O brincar faz parte da própria essência da infância;
- O brincar promove o desenvolvimento cognitivo, afetivo e
social da criança;
- O brincar é instrumento de expressão da criança;
- O brincar é fonte de aprendizado e troca de saberes;
- O brincar é uma forma de expressão cultural;
- O brincar cria vínculos sociais e de comunicação;
- O brincar é fonte de prazer.

3- E de que forma a ação de brincar na infância tem relação com os objetivos de desenvolvimento integral da criança que assumimos como compromisso em nosso PPP.

De forma bem resumida:
• A relação que as crianças estabelecem com o brincar tem como essência o divertimento (ação e fruição), estando na linha do fenômeno cultural.
• O brincar é a prova de que a criança está vivendo em sua plenitude!
• Todos os sentidos da criança estão em ação durante a brincadeira, fato que promove o seu desenvolvimento integral: físico, cognitivo, emocional, social, cultural e espiritual.

Mas antes de aprofundarmos qualquer conceito teórico que traga confirmação sobre a importância do brincar, é preciso falar sobre as crianças:
“Por que você gosta de brincar?”. Se você já fez essa pergunta a uma criança, pode ter recebido respostas como “porque sim”, “porque é legal” ou “porque é divertido”.
Por serem diferentes dos adultos, as crianças apresentam uma relação própria com o brincar.


O significado do brincar para as crianças não costuma ter os sentidos que nós adultos supomos, seja uma atividade de descarga de energia vital, de satisfação de instinto de imitação, de preparação para as tarefas sérias da vida adulta, dentre tantos outros.


A relação que as crianças estabelecem com o brincar tem como essência o divertimento, estando na linha do fenômeno cultural.
As crianças constroem simbolicamente seus mundos na interação com os adultos. Porém, é no contato direto com os seus pares que surge uma cultura própria, também chamada de cultura da infância.
A participação das crianças nas rotinas culturais, seja com adultos ou com outras crianças, confere a elas referência e segurança em relação ao grupo social a que pertencem. Essa participação só é possível por meio das brincadeiras construídas coletivamente e com a menor interferência dos adultos.


A criança tem a capacidade de reformular o que lhe é apresentado pela cultura a partir de sua própria interpretação, o que a coloca numa posição de sujeito ativo de sua cultura lúdica, como produtora de cultura. Ela é capaz de agir em função da significação pessoal sobre os objetos, adaptando e, consequentemente, produzindo novos significados.
Portanto, o brincar é singular, de cada criança.


Além disso, a criança é coautora de cultura lúdica, uma cultura compartilhada pelas próprias crianças durante a infância, e que inclui experiências desde as primeiras brincadeiras de bebê com os pais e, mais tarde, entre os grupos de crianças nos diferentes espaços que frequentam como é o caso da escola. Ou seja, crianças brincando experimentam uma história socializada.


No jogo simbólico, isto é, quando a criança constrói e imagina por meio de histórias, desenhos e encenações, utilizando fantasias, personagens, bonecas ou outros materiais, ela é capaz de reelaborar o que aprende com a cultura, modificando-a a partir da sua própria maneira de ler o mundo.


E todo esse conjunto de informações, serve para te explicar porque confiamos tanto no brincar e também para que possamos relembrar a você o nosso convite: Venha brincar conosco!

Para saber mais acesse: https://semanadobrincar.org.br/

 

Por Natalia Cardia em 25.05.22

05 estratégias para acalmar os pequenos

05 estratégias que podemos oferecer aos pequenos para ajudá-los a se acalmarem em momentos de stress (Servem inclusive para nós adultos viu?!)

1 - Oferecer/receber um abraço que acolhe: a ciência já comprovou que o abraço realmente contribui para o resgate do bem-estar físico e emocional, pois libera oxitocina, conhecido como o hormônio da felicidade.


2 - Fazer uma pequena corrida: descarrega energia e libera a tensão.


3 - Fazer respiração3,2,1: (Inspire por 3 segundos; Segure por 2; Expire por 1) - Se você ainda tem dúvida do poder dos exercícios de respiração te convidamos a conversar com nosso prô de Yoga Kurt, e a participar de uma aula com ele.


4 - Soprar o polegar: Quando você sopra o polegar, além de direcionar a atenção para a respiração, você contribui para regular o seu ritmo cardíaco e reduzir a pressão arterial, o que também te ajuda acalmar. (para saber mais pesquise sobre ‘nervo vago’).


5- Observar uma paisagem: isso muda o foco do pensamento e o desvia do fator estressor, ajudando a recuperar a calma.

 

Conte para nós: você já conhecia essas estratégias?

Por Natalia Cardia

Colocar a criança no “cantinho do pensamento” realmente ensina a pensar?

O "cantinho do pensamento" é uma estratégia bastante comum utilizada por algumas famílias e escolas quando a criança "faz uma coisa errada". Funciona assim: seu filho quebrou algo, bateu, brigou... Vai para o "cantinho" pra refletir sobre o que aconteceu e mudar o comportamento.

E hoje nossa proposta é um convite para refletirmos juntos se realmente esta ação alcança esse objetivo, ou seja, se realmente possibilita pensamentos e reflexões capazes de contribuir com a mudança desejada no comportamento. Deixando claro que nosso intuito não é o de condenar essa prática, mas apresentar argumentos que te permitam avaliar por si mesmo.

Algo que é claro por aqui é que não podemos confundir respeito com liberdade total. É claro que é preciso ter regras e combinados, afinal na vida existem as regras e os limites.

O que queremos te alertar é que o "cantinho do pensamento" por si só não faz a criança pensar em uma maneira de melhorar o seu comportamento. Via de regra uma criança não consegue pensar sozinha de uma maneira crítica no seu próprio comportamento. Se mesmo para nós que somos adultos este é um movimento muitas vezes complexo, que demanda a contribuição de alguém de fora (seja um amigo, familiar ou terapeuta) imagine para a criança, que ainda está formando suas referências de certo e errado.

Cabe à nós, portanto, enquanto família e escola, contribuirmos para a composição dessas referências. Sendo assim, independentemente de você utilizar ou não essa estratégia do “cantinho do pensamento” lembre-se de se fazer presente nestes momentos de advertência, não impondo somente limites físicos, mas principalmente fornecendo por meio do diálogo elementos de orientação para a criança, mostrando-lhe o porquê daquele comportamento ser considerado inadequado ou não ser aceito, de modo que ela possa compreender de fato quais limites estão sendo estabelecidos.

Por Natalia Cardia em março de 2022

Sobre cultivar o pensamento crítico e uma compreensão profunda do que significa igualdade.

Em geral, parece que culturalmente foi negado aos homens o poder de expressar algumas emoções (especialmente tristeza e medo). Vamos falar sobre isso?

"Meninos não choram", "você é um menino, não pode andar com medo", "meninas são aquelas que choram ... Você é uma menina?" "você é um bebê chorão, uma joaninha ... NÃO CHORE! "

O que precisamos na sociedade são pessoas nobres, honestas e atenciosas.
O que os meninos gostariam que soubéssemos (esta parte do texto foi construída com a ajuda dos meus filhos, os dois “meninos crescidos” que mais amo neste mundo:

Nós meninos também...
- Podemos gostar de todas as cores, inclusive rosa;
-Podemos ser carinhosos e gentis;
- Podemos fazer balé e gostar de dançar;
- Também precisamos aprender a cozinhar e gostamos de brincar quietos as vezes;
- Podemos abraçar e beijar nossos pais com afeto;
- Podemos ter gostos diferentes de outras pessoas e outros meninos. Não somos obrigados a gostar de futebol, eu curto mais basquete e vôlei e isso não deveria parecer estranho;
- Podemos gostar da companhia e da amizade de outras meninas sem que tenhamos que ouvir piadinhas ou adultos dizendo que somos “namoradinhos;

Enfim, que possamos viver a busca pela igualdade sempre que ser diferente nos descrimine mas que possamos também viver a diferença sempre que a padronização nos descaracterize.

 

Texto colaborativo elaborado por Natalia Cardia com participação
de Nícolas e Giovanni 

Dizer “Fique calma” não ajuda a acalmar

Por Natalia Cardia

 
Quando você está muito nervosa(o), adianta alguma coisa a pessoa te falar: "olha, fique calma, tá?"

Cada pessoa tem sua forma de se acalmar, mas certamente essa frase não ajuda.

Sabe por quê? Porque as pessoas se acalmam quando têm as suas necessidades atendidas.

Tente olhar cada comportamento difícil da criança como se você fosse uma investigadora, ou seja, busque encontrar as causas por trás dos comportamentos.

Um comportamento desafiador, difícil e inadequado não é um problema separado.

Podemos dizer que esses são momentos em que um bom parâmetro para ajudar na reflexão seria pensar: “de que forma eu faria esse movimento de acolher, se fosse em uma situação de grande sofrimento para uma amigo ou um amigo adulto querido?”

É uma mudança de paradigmas que muitas vezes, é difícil de ser quebrado porque está bem, bem enraizada dentro de nós a ideia de que criança não sofre, que “coisas de criança” não tem importância.

Mas acontece, que tem sim! Os sentimentos das crianças importam e esse choro é um sinal de uma dor que precisa ser vista, algo que precisa ser melhor compreendido ou um sofrimento que carece de amparo, e as chaves para lidar com tudo isso são sem dúvida comunicação, diálogo, conversas, explicações, mediações de conflito.

Se a criança puder se comunicar e ser verdadeiramente acolhida nessas horas de colapsos emocionais, a tranquilidade será um resultado bem natural.

 

Você sabe acolher o choro da sua criança?


Aqui vão 08 possibilidades de frases que serão verdadeiramente acolhedoras desde que façam sentido para você e que assim sejam ditas com honestidade:


1- Vamos tomar um copo d´ água?
2- Vamos respirar fundo juntas(os)?
3- Você está segura(o).
4- Tudo bem você chorar, estou aqui se quiser conversar sobre isso.
5- Estou aqui com você.
6- Você quer um abraço?
7- Vamos sentar juntos(as) aqui até que você se sinta melhor?
8- Eu te amo!

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